(function(w,d,s,l,i){w[l]=w[l]||[];w[l].push({'gtm.start': new Date().getTime(),event:'gtm.js'});var f=d.getElementsByTagName(s)[0], j=d.createElement(s),dl=l!='dataLayer'?'&l='+l:'';j.async=true;j.src= 'https://www.googletagmanager.com/gtm.js?id='+i+dl;f.parentNode.insertBefore(j,f); })(window,document,'script','dataLayer','GTM-P4GMZ9Z'); function hasScrolled() { var st = $(this).scrollTop(); // Ensures a higher scroll than $delta if(Math.abs(scrollTop - st) <= delta) return; // If they scrolled down and are past the navbar, add class .nav-up. // This is necessary so you never see what is "behind" the navbar. if (st > scrollTop && st > navHeight){ // Scroll Down $('sp-megamenu-wrapper').removeClass('show-nav').addClass('hide-nav'); $('.nav-toggle').removeClass('open'); $('.menu-left').removeClass('collapse'); } else { // Scroll Up if(st + $(window).height() < $(document).height()) { $('sp-megamenu-wrapper').removeClass('hide-nav').addClass('show-nav'); } } scrollTop = st; } var helix3_template_uri = '/templates/shaper_educon/'; var sp_preloader = '0'; var sp_gotop = '1'; var sp_offanimation = 'drarkplus'; if(typeof acymModule === 'undefined'){ var acymModule = []; acymModule['emailRegex'] = /^.+\@(.+\.)+.{2,20}$/i; acymModule['NAMECAPTION'] = 'nome'; acymModule['NAME_MISSING'] = 'Favor digitar seu nome'; acymModule['EMAILCAPTION'] = 'Email'; acymModule['VALID_EMAIL'] = 'Favor inserir um endereço de email válido'; acymModule['VALID_EMAIL_CONFIRMATION'] = 'Email field and email confirmation field must be identical'; acymModule['CAPTCHA_MISSING'] = 'O captcha é inválido, favor tentar novamente'; acymModule['NO_LIST_SELECTED'] = 'Favor selecionar as listas em que você deseja se inscrever'; acymModule['NO_LIST_SELECTED_UNSUB'] = 'Please select the lists you want to unsubscribe from'; acymModule['ACCEPT_TERMS'] = 'Favor marcar os Termos de Uso / Política de Privacidade'; } window.addEventListener("DOMContentLoaded", (event) => { acymModule["excludeValuesformAcym64091"] = []; acymModule["excludeValuesformAcym64091"]["1"] = "nome"; acymModule["excludeValuesformAcym64091"]["2"] = "Email"; acymModule["excludeValuesformAcym64091"]["4"] = "telefone"; }); -->

Biblioteca

Perfeccionismo: mocinho ou vilão?

Perfeccionismo: mocinho ou vilão?

 

Por Ana Carolina Diethelm Kley

Especialista e Proficiente em Terapia Cognitiva Comportamental

Supervisora e professora do Centro de Terapia Cognitiva Veda

 

O perfeccionismo é um problema subestimado, mas de grandes proporções. 

De acordo com Shafran, Egan e Wade (2010), o perfeccionismo envolve tanto o estabelecimento de expectativas de desempenho excessivamente altas quanto o esforço para alcançá-las. Elas são autoimpostas e continuamente buscadas, apesar desse processo causar problemas e prejuízos. Neste modelo, a noção de valor próprio se baseia quase que, exclusivamente, no nível de esforço investido e na qualidade do resultado obtido. 

Podemos descrevê-lo, de forma geral, como um funcionamento cíclico que é composto por elementos cognitivos, emocionais e comportamentais, que cria e mantém níveis variáveis de insatisfação. É considerado um estado que pode anteceder algumas doenças mentais, como a depressão. 

Por essa descrição, já é possível perceber de que estamos falando de algo nocivo, não é mesmo? 

No entanto, é relevante reforçar outras consequências diretas do perfeccionismo: aumento da ansiedade, paralisia, desistência, procrastinação, autocrítica excessiva, autodesvalorização, baixa autoestima (ou um autoconceito negativo) e, como se isso tudo já não fosse o suficiente, ainda podemos contabilizar dificuldade em desenvolver repertório diante dos obstáculos e desafios, o que colabora para a manutenção de déficits de habilidades, impactando no desempenho do indivíduo nas mais diversas áreas. 

E isso tudo pode ser identificado em pessoas que não preenchem critérios diagnósticos para nenhuma doença mental, mas que sofrem. E muito. E frequentemente. 

Um dos grandes obstáculos para o enfraquecimento desse ciclo é a maneira como ele é visto, em geral, na sociedade. É comum candidatos em entrevistas de emprego usarem o “sou perfeccionista” como um defeito revestido de qualidade, em que se afirmar assim significa se descrever como uma pessoa responsável, dedicada, detalhista, que vai dar todo o seu tempo e energia aos objetivos da empresa. 

Em propagandas de TV, o perfeccionista é aquele que busca a excelência em tudo o que faz e é bem-sucedido por causa disso. A mensagem é esta: o perfeccionismo é o único caminho para o sucesso. 

E essa mensagem é reproduzida por homens e mulheres que tendem a acreditar que só conseguiram o que conseguiram porque eram perfeccionistas, que foi isso o que os levou a ir atrás do que era importante ou ainda que, se abrissem mão dessa forma de funcionar, seriam irresponsáveis, preguiçosos, vagabundos. 

Essa atribuição positiva mascara o perfeccionismo, tornando-o um problema subestimado, uma vez que ele tende a ser visto como um mal necessário, e não como o que ele realmente é: uma forma de funcionar que limita os ganhos, lentifica os avanços e causa muito sofrimento. 

Confunde-se a autocobrança exagerada com o que norteia uma vida plena, digna de ser vivida: nossos valores pessoais. Ter uma vida valiosa – leia-se regida por estes valores– é o anseio de muitas pessoas que procuram ajuda em psicoterapia.  

Levando esses argumentos em consideração, posso afirmar que o perfeccionismo é ruim. Não existe perfeccionismo bom, nem em parte bom. O que é positivo e não deve acabar nunca (para o bem de um mundo melhor) são a responsabilidade, o cuidado, a dedicação. 

A dedicação é uma habilidade que se aprende. Muitos de nós a assimilamos com exemplos dentro de casa, já na primeira infância. Mas, aqueles que não tiveram essa fonte, podem também desenvolver a dedicação com treinamento, orientação e reflexão. A responsabilidade e cuidado são valores pessoais que podem ser reforçados com nossas escolhas cotidianas e também com reflexão.  

O perfeccionismo coloca o esforço em termos de tudo ou nada (“ou você dá o seu sangue ou não vale a pena nem começar”) e não aceita erros. 

Quando focamos no desenvolvimento de habilidades ou no fortalecimento dos nossos valores, qualquer passo, de qualquer tamanho, já é um ganho e conseguimos aproveitar qualquer tipo de resultado, uma vez que pensar sobre aquilo nos ajuda a identificar informações e aprimorar os próximos passos. 

Quando temos este objetivo, a autocompaixão é sempre uma aliada, pois ela torna o caminho mais leve e nos ajuda a aproveitar o aprendizado. O perfeccionismo só tem a autocrítica exagerada a nos oferecer. E ela nos cega, faz com que tenhamos uma visão distorcida de nós mesmos e não nos permite nem ganhar conhecimento e nem dar o próximo passo. A única opção é paralisar e focar no que não foi feito (mas deveria ter sido). 

Então, se o objetivo for ser uma pessoa responsável, ter melhores resultados e uma vida mais plena, trabalhemos para enfraquecer o perfeccionismo, fortaleçamos nossos valores e melhoremos nossas habilidades. Tudo de forma regular e leve. E se for necessário questionar ideias pré-concebidas e distorcidas, que tenhamos a coragem de fazê-lo.  

Referência: 

SHAFRAN, EGAN e WADE (2010), “Overcoming Perfeccionism, A self-help guide using Cognitive Behavioral Techniques”, ed. Constable & Robinson (tradução do trecho utilizado neste artigo foi feita por Ana Carolina Diethelm Kley) 

Contate-nos

Alameda Santos, 211 - Conj. 911 - Paraíso

São Paulo - SP, 01419-000

 
 
 
 
 
 

Parceiros

Newsletters